Uma ANIMAÇÃO marcante:
http://www.youtube.com/watch?v=QkmKhd_h3lk
O ano era 1982 e Tim Burton – apesar de já está trabalhando com animação no Walt Disney Studios – ainda não era nem a sombra do consagrado diretor de cinema que se tornaria mais tarde. Mas foi justamente nesse ano que Tim fez “Vincent”, o seu primeiro curta-metragem, todo gravado em stop-motion e que já denuncia a atmosfera bizarra e gótica tão patente na obra desse diretor de sucessos como “Eduard Mãos de Tesoura”, “Batman – O Retorno”, “Big Fish” e, mais recentemente, a versão em 3D para o clássico “Alice no País das Maravilhas”.
E por mais estranho que possa parecer, “Vincent” é uma animação de TERROR feita especialmente para público INFANTIL. Em preto e branco e com uns traços angulosos, o clima sombrio desse curta passa longe do jeito Disney de fazer animação. Só que a estranheza é uma arte que Tim Burton domina bem e “Vincent” mostra as travessuras de um garoto que sonha em ser igualzinho ao seu ídolo, o ator americano Vincent Price (1911-1993), que se projetou em filmes assombrosos baseados na obra do escritor Edgar Allan Poe.
Aliás, sabe quem é o dono daquela risada assustadora no final de “Thriller”, o histórico clipe de Michael Jackson? É ele mesmo, Vincent Price! E como um fã assumido de Vincent, Tim Burton quis prestar essa homenagem, escrevendo, desenhando e dirigindo “Vincent”, uma animação quase autobiográfica do próprio Tim, que conta com a voz inconfundível de Vincent Price narrando tudo.
O curta, que tem mais ou menos cinco minutos de duração, virou uma verdadeira febre no YouTUBE entre os fãs de todas as idades de Tim Burton. São impagáveis as cenas em que Vincent quer mergulhar a sua tia velha num balde de cera para, depois, exibi-la no seu museu... Ou quando ele quer transformar o seu pobre cachorro Abacrombie em um terrível zumbi.
Depois viriam outras animações como “A Noiva Cadáver” e o bem-sucedido “O Estranho Mundo de Jack”. Mas é com “Vincent” que começa – tão estranho como o próprio Tim Burton – a carreira desse que é indiscutivelmente um dos mais inventivos diretores da indústria cinematográfica norte-americana.
*** Esse texto foi desenvolvido para a Oficina de Crítica de Cinema, ministrado por Christian Petermann (Revista SET, Rolling Stones, Folha de São Paulo e etc.)
sábado, 10 de julho de 2010
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