E pq só agora vc devora essa obra indispensável, ô seu ZENoção? Sei lá, brow! Talvez por preguiça, talvez por preconceito... Preconceito? Como assim, seu ZENvergonha? É... De pré-conceito mesmo, por achar que "A Ilíada" fosse + uma daquelas obras que vc lê por pura obrigação (coisa que eu abomino, só faço algo por prazer, hehehe).
De qualquer forma, eu devo confessar agora que estava redondamente enganado... Graças a Zeus! E tô quase tendo orgasmos múltiplos ao devorar essa obra dos deuses, com todos aqueles guerreiros sarados e semideuses não menos definidos... HAHAHA!
E o caso de amor escancarado entre Aquiles e o tal do Pátroclo? Como os gregos eram evoluídos, bem resolvidos, sexualmente ativos (passivos tb, né, kikiki), se amavam sem todo esse atraso judaíco-cristão que impera nesse nosso mundinho desajustado de hoje... Sem falar que os deuses do Olimpo, quando estão muito a fim de alguma coisa ou de COMER alguém, não sentem a menor culpa em liberar seu lado perverso, ardiloso, cínico, sacana, caprichoso, escroto mesmo... E tudo isso SEM aquela babaquice e pobreza MANIQUEÍSTA que caracteriza outras divindades míticas.
O Brad Boy hollywoodiano
Tudo bem que esse Brad Boy interpretou o tal do semideus naquela patacoada hollywoodiana chamada de "Troy", + uma coisa deprimente produzida por aqueles cuzões made in Califórnia, filminho interminável que eu dormi o tempo todo, quase morri de tédio quando consegui ficar acordado e saí do cinema com ânsia de vômito. Pra piorar a coisa, eu ainda tive a infelicidade de assistir o filme em uma daquelas salas de projeção do Cinemark, com aqueles teenagers que vão pro cinema pra ficar exibindo o toque do celular, ou pra tentar comer a coleguinha do cursinho de inglês e - o que é insuportavelmente infernal - ficar jogando pipoca um no outro... Eu, hein? Sessão pipocão qualquer nota!
Mas o livro é DEZ. Tô lendo a tradução feita por um tal de Fernando C. de Araújo Gomes, que eu até que tô curtindo. De acordo com outros amiguinhos meus, fissurados em cultura grega, há outras traduções beeem melhores e + ricas em detalhes, como às de Haroldo de Campos e do maranhense Odorico Mendes. E dizem que a versão de Odorico é luXo pUro, toda em decassílabos e com uma estrutura sintática com farto recurso ao neologismo, o que a torna uma preciosidade digna dos + exigentes colecionadores. E eu já me sinto lendo essa versão... Mas só em 2009 pq a minha listinha desse ano já anda bastante "inchada".
E voltando pra obra de Homero, qualquer mortal deste planeta aquecido sabe que o seu título deriva do nome grego de Tróia, Ílion. E todo mundo bem sabe que "A Ilíada" é considerada como a "obra fundadora" da literartura ocidental e uma das + importantes da literatura mundial. E todo a humanidade tb sabe que "A Ilíada" é constituída por 15.693 versos em hexâmetro dactílico, que é o formato tradicional da poesia épica grega e foi escrita num dialeto literário artificial do grego clássico, que nunca foi de fato falado e que é composto de elementos de outros dialetos. E todo católico apóstolico romano ou até mesmo crente da Igreja "Bola de Neve" tá cansado de saber que "A Ilíada" se passa durante o décimo e último ano da guerra de Tróia e trata da ira do semideus Aquiles, que se sente afrontado pela arrogância de Agamenon, comandante dos aqueus, como tb são chamados os gregos... E até mesmo um pagão condenado ao limbo eterno sabe que essa epopéia de Homero termina com a morte do herói troiano Heitor, o irmão + velho de Páris, o carinha que deu a "elsa" no rei Menelau, roubando a tal da Helena de Tróia, a + perfeitas entre as mortais e principal motivo da Guerra entre gregos e troianos... Isso que é mulher... Saravá!
Sobre Homero: além da "A Ilíada", é tb atribuido a essa criatura a autoria da "Odisséia", que fala das aventuras de Odisseu, ou Ulisses para os romanos (esse povo da Itália adora inventar uma nova versão para o que já existe, né?)... E ninguém sabe se o tal do Homero realmente existiu, ou se ele era, na verdades, vários... Ou, de repente, esse cara nada + era que tão somente uma simples epilepsia que atacava os literatos da época... Enfim, a mesma coisa que se diz de Shakespeare, que o tal "bardo inglês" não era apenas UM, mas vários e blábláblá...
Ah, meu Zeus... Será que, daqui a zilhões de anos, quando a humanidade for exterminada por ela mesma, falarão por aí que um tal de ZeN Salles era um VÍRUS de computador que resolveu atacar todos os PC's do planeta apenas pra infernizar o universo virtual. Ou será que me darão o título de "aquecimento global" ou "buraco de ozônio", profanando o meu SANTO nome... Ó, musa, que canta a ira de Aquiles... Tenhas piedade de mim!!!
PS: Ah, meu interesse pela Grécia só fez aumentar depois do curso de "Tragédia em Três Atos" que fiz com a luxuosa Tereza Menezes. E não é isso que vc tá pensando, ô versão passiva das FARC, que nesse curso a gente aprendeu técnicas bem + fashion de como se auto-transformar em uma arma biológica... Ou, então, como ser um Homem-bomba de grife. NÃOOOOOOO! No tal curso ministrado pela tia Tereza, nós estudamos clássicos da tragédia teatral que partiu de Ésquilo e foi até Racine, passando por Shakespeare (evidentemente), entre outros vários.
Clitemnestra traveca?PS2: Tb lembro que, no período que eu fiz esse curso básico com a Tereza, o grupo Folias entrou em cartaz com o poderoso espetáculo "Orestéia - o Canto do Bode", em comemoração aos seus 25 anos de atividades (e pq não passividades, né? hehehe), onde colocou em cena a trilogia de Ésquilo que fala sobre o movimentado clã dos Atridas: "Agamêmnon", "Coéforas" e "Eumênides". Teve gente que achou que o povo do Folias chapou o espetáculo com um monte de informações e referências desnecessárias, misturando muita coisa, que essa moçada teatral "pirô no Sazon". Mas eu só sei que curti horrores essa montagem do Folias. Fui vááárias vezes assistí-la lá no Galpão deles, que fica ali em Santa Cecília. Achei do caralho aquela sacada de montar a Clitemnestra como uma traveca made in Rego de Freitas, aquela rua do basfond no centrão da cidade infinita.
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