dEiXa eu PinTar o MEU nAriZ!!!"


Ele simplesmente olhou pra mim com o ar + blasé desse mundo e me respondeu: “meu jovem, você ainda terá que beber muito Möer Chandon pra começar a entender quem foi aquela mulher”.
 “O teatro atiça a inteligência. Os dramaturgos são poetas que dialogam. O maior poeta inglês é dramaturgo: Shakespeare. Não escreveu em seu nome, fez-se Hamlet, Macbeth, Julieta. O teatro, generoso, retrata todos os homens. É universal! E atiça a inteligência porque nos ensina a acompanhar o tempo da palavra. A fala, ou a palavra, matéria-prima da poesia e do teatro, vem depois do raciocínio.”
“Há uma profunda ligação entre o ato sexual e o ato teatral. Produzem-se na mesma usina, irradiam o mesmo calor e aquecem igualmente o parceiro. O que comove o público é a capacidade do ator de se comover e destilar emoções por duas horas.”
“Nossos autores não aprenderam nada com Brecht. Preferem Gastão Tojeiro e os seus probleminhas familiares. Teatro político virou palavrão e, sem política, não pode haver teatro.” 
PS: A Revista BRASILEIROS é incrível. Já faz parte de minhas leituras preferidas. Uma revista com reportagens estimulantes, aprofundadas e bem-sacadas. Chega daquelas revistinha meia-boca, com a profundidade de um azulejo. Eu quero matérias jornalísticas de verdade, que me dê tesão na hora de lê-las. Pois, como já disseram há muito tempo: “sem TESÃO não há SOLUÇÃO!”
E já que eu ando freqüentando com uma certa assiduidade aquelas bandas do Alto de Pinheiros, é impossível não dá uma sacada na Praça do Pôr do Sol...
 Não sei exatamente que Panella é essa, papito! Só sei te dizer que, com Panella ou sem Panella, eu não titubeei e canibalizei esse prato italiano com bastante ketchup, só pra irritar mais ainda algumas figurinhas carimbadas que se escondem no Bexiga, no Brás e na Mooca, e acham que têm um pé inteiro atolado na Costa Amalfitana... Hehehe... Portanto, prepare o seu PALADAR, pois eu te conto agora quase tudo que rolou nesse delicioso banquete dos deuses da Toscana. Mas, como diria o Hannibal Lecter, vamos por partes:
 E só pra vc não ficar viajando no Sazon, eu tb te digo quem é o Michele Panella. O cara é superjovem, tem um pouco + que 30 anos e já é curador artístico de um dos teatros + expressivos da Itália, o tal do Teatro Della Limonaia de Florença.
Nesse encontro tb estiveram presentes a diretora teatral Débora Dubois, o jornalista Sergio Salvia Coelho e a pesquisadora Neyde Veneziano, que analisaram várias questões relacionadas ao teatro contemporâneo. Mas o foco da coisa apontou para o tema “Da Encenação à Realidade”.
E, depois da Grécia, todo mundo sabe que a Itália é uma outra forte referência na cena teatral de todo esse nosso maltratado planetinha. Dramaturgos como Sêneca e Terêncio - apesar de, tb, serem influenciados pelos gregos - não nos deixam mentir. Outra coisa que instantaneamente vem em nossa cabeça quando falamos do teatral italiano é a Commedia dell’Arte, com a sua comicidade poética e os seus personagens encantadores. Mas como é que essa história toda vem parar em terra tupiniquins, ô, cara-pálida? 
A pesquisadora Neyde Veneziano, professora da Unicamp e especializada em teatro italiano, falou da influência que a Itália e o teatro italiano vêm exercendo em São Paulo ao longo de sua formação como megalópolis. Até pq uma coisa é certa e inquestionável: tanto a cidade de São Paulo como o próprio teatro paulista (ou paulistano, sei lá) têm a cara dos italianos. A influência desse povo é visível nessa cidade infinita. Seja na culinária, no jeito passional e franco de falar, no modo prático e elegante de se vestir... E isso acontece desde o tempo que uma legião de italianos veio da Europa pra fazer a América nessas bandas do hemisfério Sul.
E, como bem sabemos, alguns desses italianos – com nome de trabalho e sobrenome de hora-extra – fizeram verdadeiras fortunas no Brasil. E já que se tinha muito dinheiro, alguns instantes de prazer eram + que indispensáveis. E como praia não é exatamente coisa de paulista, o povo daqui começou a freqüentar desde cedo os teatros. Muitas companhias internacionais vieram e, quando elas não viam, os italianos daqui tinham as suas próprias divas. Ou alguém nunca ouviu falar na grande atriz Itália Fausta? Pois é... Dizem que ela era da pá-virada e arrasava em cena.
Franco Zampari
O Michele Panella, curador do Teatro Della Limonaia, em Florença, falou sobre a sua experiência e o que ele tem visto na cena teatral de todos os países que ele visita. E são vários, não há nenhum critério na escolha de qual será o país visitado e o que interessa mesmo pra ele e pra sua trupe é o intercâmbio, a troca, a interação... Resumo da ópera: essa moçada tá + a fim é de visitar e perceber o que vem sendo feito em outras localidades, quais as pesquisas, assuntos de interesse, o que há de particular ou local nessas produções e, conseqüentemente, quais os seus aspectos universais.
Panella contou que o resultado de todo esse envolvimento, todo esse interesse dos italianos pelo que tá rolando na cena teatral dos quatro cantos do planeta, já pode ser conferido em grande parte dos teatros de lá, que contam com bibliotecas com um imenso acervo de obras dramatúrgicas do mundo inteiro. Ele tb falou que, no teatro que ele faz curadoria, a biblioteca tem mais de 10 mil títulos só de textos de outros países. E eles não ficam lá apenas como enfeite, não. O povo devora, se joga na leitura. Portanto, canibalizar outras culturas é fundamental!!!
A Débora Dubois, que é diretora e atriz, falou de sua temporada dirigindo uma peça brasileira na Itália, no Projeto Festival Intercity, promovido pelo Teatro Della Limonaia. E, de acordo com o depoimento dela, foram os próprios caras de lá que tiveram a iniciativa de entrar em contato. Isso mesmo! Foram eles que fizeram o convite, possibilitaram a ida de Débora Dubois pra lá, além de bancar toda a sua estada. E Dubois falou justamente desse interesse que eles têm em estabelecer intercâmbios culturais e como isso é essencial para o enriquecimento de uma pessoa.
Sergio Salvia Coelho, jornalista e crítico teatral da Folha de São Paulo, deu uma pincelada geral sobre a história do teatro e da dramaturgia brasileira. E, tb, como a nossa cena foi adquirindo uma identidade própria, quais foram as nossas influências + significativas, os nossos ajustes e desajustes até chegarmos nisso que anda rolando hoje em dia.
E, nesses intercâmbios, o idioma não tem se revelado como barreira. Haroldo Ferrari, um dos atores que protagonizou a peça “O Assalto”, dirigida pelo Zé Celso, contou da experiência que ele teve quando o Oficina foi convidado pra fazer algumas apresentações pela Europa e, mais precisamente, por toda a Itália. O cara falou de como a questão da lígua não representou nenhum impercilho, pq a linguagem do teatro é universal, que as pessoas conseguem compreendê-la seja pelo gestual ou até mesmo pela emoção.
PS: Todos que estiveram presentes no evento não deixaram de notar a MOSCA que não parava de perturbar o tal do Michele Panella e o resto da moçada que tava no palco divagando sobre a cena teatral contemporânea. E eu, inocente que sou, pensei que moscas gostassem apenas de sopa e não fossem nenhum pouco chegadas em uma delícia italiana. Huuum... Essas moscas andam tão ousadas ultimamente, né! Tragam o inseticida, por favor... Contratem o DDDrim – lembra? – e exterminem urgentemente aquela mosca abusada do Teatro Augusta! Hehehe...
 
Ele saiu do trampo e ia pegar o metrô na Praça da República. Trabalhava como telemarketing da ATENTO. Aliás, ele sempre dizia pros seus amigos que, nessa cidade que não te dá chance de sonhar, um zé-ruela como ele só tinha três opções: ou trabalhava com telemarketing, ou virava michê ou, então, se envolvia com a galera do tráfico. E ele sempre se achou um perfeito otário, pq não tinha coragem nem de vender o corpo, muito menos de mexer com droga e, pra piorar, nunca passou pela sua cabeça a idéia de se jogar de cima do Copan. Então, paciência... Ele ia vivendo assim: sem SONHO.Mas SONHOU um SONHO que nunca + teve na VIDA.
 
BroW! Tenho que me jogar agorinha mesmo no Playcenter. Fiquei sabendo que a Songa anda apavorando por lá... Songa, não... MONGA! Ou Monga-songa, tanto faz! Só sei que ela toca o TERROR, ela sabe CAUSAR! Eu amo a Monga... Desde os tempos de minha inocente infância, onde eu levantava a saia das irmãs evangélicas da igreja Batista que minha mãe insistia em me levar. Ela, coitada, queria que eu, um insano capetinha, fosse crente, iPOD? Não... Isso nunca que podia dá muito certo!
 PEÇA em UM único GOLE

Queria tanto que meu anjo mutante me carregasse para o seu fel
E eu tenho certeza que o Chico fez essa musiquinha logo abaixo pra ela. Ninguém tira isso de minha cabeça ajuizada. Tio Chico deve ter esbarrado com ela no dia que essa MINA made in Berrini desviou para ela todas as atenções das vitrines de Le Bon Marché, em Paris.
Desde a primeira cirurgia de redesignação sexual oficialmente comunicada – em 1952, na Dinamarca – temos assistido a uma verdadeira "revolução cultural". Tanto na Europa, quanto nos EUA, o fenômeno transexual tem tomado uma certa envergadura e, aos poucos, os transexuais têm sido mais ouvidos em suas reivindicações: em alguns países europeus as despesas médicas da cirurgia de redesignação sexual correm por conta do governo; os transexuais ocupam diversas posições na sociedade, publicam suas bibliografias, obtém a mudança de Estado Civil, etc. Na Holanda existem associações, consideradas de utilidade pública, que oferecem orientação aos sujeitos que se sentem transexuais, para que eles possam encaminhar melhor suas demandas. Além disto, estas associações garantem a (re)adaptação social do sujeito, através de contatos com a família dos transexuais e de visitas à seus locais de trabalho. Tudo isto reflete um esboço de reconhecimento social deste fenômeno ainda que um tal reconhecimento coloque profundas questões éticas e jurídicas.
No Brasil, a inexistência de uma legislação médico-legal específica sobre o assunto condena muitos transexuais a uma vida na clandestinidade. De fato, pode-se facilmente imaginar as dificuldades que estes sujeitos têm que enfrentar nas situações cotidianas mais banais – que, por vezes, terminam na delegacia de polícia – onde eles devem mostrar documentos de identidade nos quais a fotografia, o nome e o sexo estampados estão em total desacordo com a aparência daquele, ou daquela, que os apresenta. Muitas vezes, esta situação é agravada pelos resultados catastróficos de intervenções cirúrgicas fracassadas que deixam seqüelas irreversíveis. No plano teórico, não há um consenso entre os pesquisadores quanto a gênese do transexualismo, e as explicações variam desde uma forma de psicose até a um fenômeno ligado a fatores sócio-culturais. As propostas terapêuticas são igualmente diversas: terapia psicanalítica, comportamental, tratamento psiquiátrico e intervenção cirúrgica. Talvez, a única certeza que temos é a de que, em se tratando do transexualismo, toda prudência é recomendada e qualquer forma de ajudar a estes sujeitos, deverá levar em conta a particularidade do trajeto transexual de cada um.
Por hoje é só! Talvez passe por esse BloGuete nesse feriadão independente. Mas, antes de postar novos textículos chamuscados, acho que meu bonde vai dar um rolê no melhor estilo bate-e-volta pelas praias do litoral norte com a minha razão de insônia – se fizer sol no feriadão, é claro, pois sem sol não rola. Já posso renovar o meu bronze, pois a minha tattoo não tah + zoada. Ou seja, o mar tá pra peixe... E a minha maré tá altíssima! Pois como diz o Paulinho: “não sou eu que me navega, quem me navega é o MAR”.
Eu esTava Lá na LôCA É, na Lôca, aquele inFerNiNHo 
Cara... Eu vi num site noticioso agorinha mesmo! Estão produzindo melancia QUADRADA. Isso mesmo: melancia compacta, sem sementes e num formato perfeitinho pra caber dentro de qualquer geladeira.
“Jogo de cena” é + uma sacada genial do maior documentarista brasileiro... Ele mesmo, o Eduardo Coutinho. No cardápio, atrizes da ‘catiguria’ de Marília Pêra, Andréa Beltrão, Fernanda Torres e + outras ilustres desconhecidas. Eu vi e achei bacanérrimo.
Por incrível que pareça, finalmente eu fui assistir os “120 dias em Sodoma” dirigido pelo Rodolfo Garcia Vázquez e realizado, óbvio, com a trupe sempre antenada do Satyros. Algumas pessoas sempre me falavam dessa peça, diziam que era a minha cara, que lembraram de mim quando assistiram... Eu não sei pq. Juro por God. Mas eu fui e achei a peça bacanérrima, deliciosamente debochada, com uma sexualidade meio lúgubre e cheia de sacações incríveis, como a cena final, com aqueles corpos nus estendidos no chão, totalmente estagnados, impotentes e com um sorriso artificial feito por aquele instrumento odontológico que não sei o nome. Mas o efeito que deu foi do caralho. Resumo da ópera: a putaria que a gente vive aki no Brasil tá bem no clima do Marquês de Sade. Enfim, aquele blábláblá que já deu no saco (ui!), mas que ninguém faz nada pra mudar a situação.
O filme coreano "Lies" vai além de "Império dos Sentidos": é forte, violento e com muito sadomasoquismo. Uma verdadeira dupla do barulho: ela, uma adolescente de 18 anos; ele, um escultor de 38. J. e Y. são os personagens centrais de "Lies", um filme coreano que lembra bastante o "Império dos Sentidos", de Nagisa Oshima. Mas “Lies" talvez seja pior, no sentido de + forte, que o seu antecessor, pelo fato de contar com muita pancadaria. Isso aí: é sadomasoquismo o tempo inteiro. A menina Y. perde a virgindade com um homem, no caso J., a quem conhecera pelo telefone. A partir daí os dois fazem um sexo cada vez mais sofisticado. O filme no cinema é uma loucura, literalmente. A platéia quase sempre passa mal. Uns de nojo, outros de excitação, outros de perplexidade. Mas a boa novidade é que este filme de Jang Sun Woo, baseado em um livro homônimo, já está disponível em vídeo. "Vou bater em você até morrer", diz J. à amada. Parece até a cena de estrangulamento do antecessor "Império dos Sentidos". Aliás, essa temática da violência e do sexo não é nada estranha no campo das artes eróticas. Basta lembrar da personagem feminina, ainda de "Império dos Sentidos", que cortou o sexo do namorado para gozar mais e mais. Delícia... hehehe... Mas fazer o erótico - ou como queira, pornográfico - é bem difícil e, por isso mesmo, "Lies" é um senhor filme. 